Acontece nesta terça-feira (11), das 8h às 20h, assembleia de bancários do Santander, em todo o país, para que os funcionários possam dizer se aprovam ou reprovam as terceirizações realizadas pelo banco.
“Nos últimos dois anos, pelo menos, 9 mil trabalhadores deixaram de ser bancários dentro do Grupo Santander do Brasil”, explicou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Lucimara Malaquias. “Queremos ouvir os trabalhadores e indicamos a rejeição de todo esse processo de terceirização”, completou.
A manobra utilizada pelo Santander para terceirizar o emprego de milhares de bancários e bancárias é via criação de novos CNPJs, ligados ao grupo. Já foram criadas seis empresas. A última foi anunciada no dia 3, chamada “SX Tools”, para onde estão sendo transferidos 1,7 mil funcionários da área de manufatura.
“A terceirização é gravíssima e, ao que tudo indica, novas áreas podem ser atingidas nos próximos meses. Até o momento, tecnologia e investimentos, câmbio e, por último, toda área de manufatura foi direcionada para outros CNPJs. Ou seja, os terceirizados permanecem gerando lucros ao banco, mas não ganham como bancários, o que é extremamente grave”, pontuou Lucimara.
Lucimara destacou ainda que, com a transição para outras empresas, os trabalhadores perdem direitos conquistados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, entre esses direitos estão a jornada de seis horas; a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), como definida na CCT; e redução no auxílio-creche/babá.
Contraf-CUT
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