O Grupo de Trabalho (GT) de Promoção por Mérito da Caixa Econômica Federal, formado pelos representantes dos trabalhadores e do banco, voltou a se reunir nesta segunda-feira (11) para discutir as regras e critérios dos "deltas", como são chamadas as remunerações adicionais que são pagas conforme a evolução na carreira.
Apesar de na última reunião, realizada no dia 15 de outubro, os trabalhadores terem cobrado a distribuição linear (o mesmo percentual para todos) do 1º delta, o banco propôs seis itens que precisariam ser alcançados pelos empregados, para a remuneração adicional:
1 - Certificação Agir Certo Sempre (2023) ou Agir Certo Caixa (2024);
2 - Certificação Cultura Digital;
3 - 1 curso finalizado no Coursera;
4 - 1 curso em andamento ou finalizado no Busuu (plataforma para aprendizado de línguas estrangeiras);
5 - 1 curso de iniciativa pessoal na Universidade Caixa;
6 - Participação em 1 ação do Programa Qualidade de Vida. Essa ação poderá ser desde imunização na campanha de vacinação antigripal, convênio com Gympass ativo no plano gratuito, até participação no Programa de Nutrição e Hábitos Saudáveis ou cadastro no aplicativo Caixa em Movimento.
Para ser elegível ao 2º delta, a Caixa propôs que o empregado terá que ter, pelo menos, 300 dias do ano atuando em unidade com nota final 100 no Resultado.Caixa, sendo que o 2º delta será distribuído para 20% dos que ganharem o 1º delta.
> Representantes dos empregados recusam e reforçam princípios fundamentais
Os representantes dos empregados mantiveram a exigência para que o delta seja linear, como explica a representante da Fetrafi-NE no GT, Chay Cândida: "Faltam cerca de 50 dias apenas para o final do ano e são seis critérios que o banco está propondo. O tempo é muito curto. Insistimos na cobrança pela distribuição linear do 1º delta e propomos debater critérios mais justos para a distribuição do 2º delta”.
Dois dos itens propostos para a conquista do 1º delta envolvem cursos à distância - Coursera e Busuu. "Faltou a Caixa esclarecer se os cursos poderão ser feitos dentro da jornada de trabalho ou fora dela, bem como a efetiva utilidade de curso de línguas no desenvolvimento dos trabalhos rotineiros de uma unidade da Caixa", observa Tesifon Quevedo Neto, representante da Feeb/SP-MS no GT.
Sobre os critérios apresentados hoje pelo banco para o 2º delta, o representante da Fetec/CN no GT, Guilherme Gonçalves Simões, ressaltou que a obrigatoriedade de 300 dias de lotação em unidade com nota anual a partir de 100 é preocupante. "Estimula a prática de competitividade entre os colegas, com isso, piora o clima organizacional, pois a pressão aumenta o adoecimento físico e mental na categoria”.
Contraf-Cut